O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Mogi Guaçu (Samae) retomou as obras de construção da Estação de Tratamento de Esgoto do Córrego dos Ypês (ETE dos Ypês). Para conclusão das duas etapas do complexo que tratará o esgoto dos bairros da região Norte da cidade, serão investidos mais de R$ 28 milhões obtidos junto à Caixa Econômica Federal e o Orçamento Geral da União (OGU).
Os serviços de limpeza do canteiro de obras foram iniciados no dia 3 deste mês. O próximo passo será abrir passagem para caminhões e máquinas pesadas, uma vez que o caminho de servidão anterior não pode mais ser utilizado porque é parte da área de um empreendimento vizinho, próximo da antiga Cerâmica Tejo, com acesso pela Avenida Lourenço Gerbi.
As obras da ETE dos Ypês foram iniciadas em 2007 e paralisadas várias vezes nos últimos 15 anos por problemas com empreiteiras, período em que já custaram cerca de R$ 15 milhões. A última paralisação ocorreu há mais de dois anos, na administração passada, quando já haviam sido executados de 70% a 82% da primeira etapa e 35% a 42% da segunda etapa.
Na etapa 1, financiada pela Caixa, já foram executadas as obras de transferência da lagoa, a construção do laboratório químico e do primeiro tanque de tratamento por lodo ativado. A etapa 2 sofreu atraso porque em lugar da lagoa, onde será construído do segundo tanque, ocorreram infiltrações que só foram contidas por meio de drenagem e perfuração de poços artesianos.
Para retomar as obras, o superintendente do Samae, Mário Antonio Zaia, determinou a abertura de nova licitação no segundo semestre de 2022, vencida pela empresa Melhor Forma. O valor do contrato é de R$ 28.000.596,18. Pelo novo cronograma, o prazo para conclusão da etapa 1 é de oito meses e da segunda etapa, 18 meses. A etapa 2 recebe investimentos do OGU. Nas duas etapas, o Samae entra com contrapartidas que somam pouco mais de R$ 7,5 milhões.
A ETE dos Ypês foi projetada para atender um contingente populacional de 60 mil habitantes. Quando entrar em operação, Mogi Guaçu terá capacidade de tratar 100% dos efluentes, considerando que a ETE da Avenida Brasil já trata o esgoto das regiões Leste, Oeste, Sul e central pelo novo sistema de lodo ativado, que foi inaugurado em fevereiro do ano passado e permitiu desativar a lagoa de decantação construída na década de 1980.